Compartilhar sonhos
Percebo, nas convenções empresariais, o esforço que fazem alguns diretores em tentar transmitir aos colaboradores as estratégias e os planos para o futuro. Exige-se compromisso, obediência plena, muitas vendas, dedicação e comprometimento eterno com a empresa. Discursos que caem na mesmice e na falsa motivação. As falas entram por um ouvido e saem pelo outro. A turma, que não é boba, diz internamente a si própria: “Ele não está falando comigo.”
Escalões superiores não gostam de pedir opinião, escutar e compartilhar ideias. Normalmente, nessas reuniões, as fórmulas e ordens chegam prontas para aplicação e execução imediata. Faz-se a preleção e estamos conversados. Cumpra-se e até a próxima convenção no ano que vem.
Como a maioria dos discursos das convenções não cola, as empresas procuram terceirizar o trabalho, entregando-o, com esperança de sucesso, aos motivadores profissionais, e eles, de verdade, tentam arduamente dar conta do recado. Para isso são pagos regiamente. O pessoal se anima na hora e repete a frase: ”Não está falando comigo.” Passa-se o tempo e “tudo volta a ser como dantes no quartel de Abrantes”.
Poucos são os comandantes empresariais que conseguem, em discursos, compartilhar seus sonhos e fazer todos adotarem as ordens da empresa e caminhar entusiasmados na direção indicada. Os gregos, mestres da dialética e da retórica, contavam essa história: “Quando Demóstenes fala, as pessoas dizem: como ele fala bem. Quando Péricles fala, dizem: marchemos para a guerra.”
Escalões superiores não gostam de pedir opinião, escutar e compartilhar ideias. Normalmente, nessas reuniões, as fórmulas e ordens chegam prontas para aplicação e execução imediata. Faz-se a preleção e estamos conversados. Cumpra-se e até a próxima convenção no ano que vem.
Como a maioria dos discursos das convenções não cola, as empresas procuram terceirizar o trabalho, entregando-o, com esperança de sucesso, aos motivadores profissionais, e eles, de verdade, tentam arduamente dar conta do recado. Para isso são pagos regiamente. O pessoal se anima na hora e repete a frase: ”Não está falando comigo.” Passa-se o tempo e “tudo volta a ser como dantes no quartel de Abrantes”.
Poucos são os comandantes empresariais que conseguem, em discursos, compartilhar seus sonhos e fazer todos adotarem as ordens da empresa e caminhar entusiasmados na direção indicada. Os gregos, mestres da dialética e da retórica, contavam essa história: “Quando Demóstenes fala, as pessoas dizem: como ele fala bem. Quando Péricles fala, dizem: marchemos para a guerra.”
Os comandantes tipo Péricles sabem conviver com os seus, escutam-nos, sempre que podem, conversam e compartilham aspirações e sentimentos mútuos. O senso de pertencimento, transmitido pelos líderes, por meio da comunicação, é ainda a melhor e mais valiosa motivação. Na hora dos discursos, o bom líder só estará sendo espontâneo e natural, como sempre foi. Em vez dos áridos números e tabelas ele contará histórias e fornecerá exemplos a serem seguidos. A arte de falar e entusiasmar plateias passa primeiro pela escuta e depois pela emoção.
Sonhos de realização empresarial precisam ser coletivos. Para as metas darem certo todos precisam sonhar juntos. Para isso, serão necessárias conversas constantes e alinhamentos de rotas e não apenas nas épocas das convenções. Até porque a comunicação, aquilo que une todos os interesses pelo bem comum, se processa no tempo, na linha e na sedimentação. Comunicar é trabalho de elaboração constante. Bons chefes sabem disso e conversam com seus colaboradores, fazendo-os incorporar, aos poucos, os sonhos da empresa. O que faz o bomvendedor? Escuta o cliente, entende e atende suas necessidades. Bons líderes são bons ouvidores. Estratégias empresariais, até serem implantadas e levadas à ação com os resultados esperados, não passam de sonhos que, se não forem devidamente compartilhados, não existirão.
O mesmo acontece no futebol: para compartilhar estratégias e táticas e torná-las ações efetivas é necessário que o pessoal em campo converse entre si, repartindo aquilo que pensam e intuem. Técnicos vivem gritando na beira do gramado: “Conversem mais entre si”. Sobre a direção da rota a ser seguida, ele já a discutiu com o grupo nos treinos e vestiário. Time que não conversa e reparte é time fadado a perder o jogo.
Os africanos, sábios há centenas de gerações, têm um bonito ditado: “Raro é o sonho que começa e acaba na mesma noite. A verdade não está num só, mas em muitos sonhos.”
Sonhos de realização empresarial precisam ser coletivos. Para as metas darem certo todos precisam sonhar juntos. Para isso, serão necessárias conversas constantes e alinhamentos de rotas e não apenas nas épocas das convenções. Até porque a comunicação, aquilo que une todos os interesses pelo bem comum, se processa no tempo, na linha e na sedimentação. Comunicar é trabalho de elaboração constante. Bons chefes sabem disso e conversam com seus colaboradores, fazendo-os incorporar, aos poucos, os sonhos da empresa. O que faz o bomvendedor? Escuta o cliente, entende e atende suas necessidades. Bons líderes são bons ouvidores. Estratégias empresariais, até serem implantadas e levadas à ação com os resultados esperados, não passam de sonhos que, se não forem devidamente compartilhados, não existirão.
O mesmo acontece no futebol: para compartilhar estratégias e táticas e torná-las ações efetivas é necessário que o pessoal em campo converse entre si, repartindo aquilo que pensam e intuem. Técnicos vivem gritando na beira do gramado: “Conversem mais entre si”. Sobre a direção da rota a ser seguida, ele já a discutiu com o grupo nos treinos e vestiário. Time que não conversa e reparte é time fadado a perder o jogo.
Os africanos, sábios há centenas de gerações, têm um bonito ditado: “Raro é o sonho que começa e acaba na mesma noite. A verdade não está num só, mas em muitos sonhos.”
Fonte: http: //eloizanetti.com.br/blog/?p=2329
Acesso em 18/12/2011.
Pesquisado por Danilo Gobbo Donoso - Presidente 2011.